"Cerca de 90% dos filmes nacionais são de baixo orçamento. O brasileiro tem de fazer bons filmes com pouco dinheiro. Essa a nossa realidade", diz Murilo, justificando porque está em uma produção de baixo orçamento. "Um dos meus objetivos para este ano é mesmo o cinema." Ao assinar sua demissão, Otoniel Badaró, personagem de Murilo Rosa, corta o braço e assina o documento com o próprio sangue. "É a forma que ele encontra de mostrar para a empresa que deu o sangue por aquilo ali", explica o diretor.
Sem perspectivas de conseguir um novo emprego, o metalúrgico começa a fazer bicos até se envolver com um roubo de carro. "É um filme que fala sobre o desemprego. Mais atual, impossível. Há outros temas ali, como as perdas. Perda do emprego, da família, da dignidade..." diz Murilo. Apesar de falar sobre metalúrgicos, Rogério lembra que o longa não tem nada a ver com o presidente Lula. "Na época em que eu escrevi o filme, o Fernando Henrique tinha acabado de ser eleito. Era outra realidade." As informações são do Jornal da Tarde. (AE)