"Um cara muito especial, que vê na música o poder da transformação" é assim que Murilo Rosa define seu personagem no filme "Orquestra dos Meninos" (2008). Baseado na vida do maestro pernambucano Mozart Vieira, o longa serviu como inspiração para a carreira do ator.
- Foi um personagem bem marcante na minha vida. Eu passei a querer fazer cinema cada vez mais, por causa dele. O Mozart é um cara muito especial que está até hoje trabalhando com as crianças que necessitam - diz.
Murilo quis criar um Mozart próprio e, para isso, não teve muito contato com o verdadeiro maestro durante a preparação para o filme de Paulo Thiago.
- Antes das gravações, a gente se conheceu, passou um dia juntos e para mim foi o suficiente. Eu só convivi mais com ele, quando as filmagens acabaram. Aí, nós viramos amigos e eu até fui conhecer a fundação que ele criou - conta o ator.
As gravações de "Orquestra dos Meninos" foram realizadas em Aracaju e em outros municípios do interior de Sergipe e contaram com a participação dos atores da região.
- Para fazer os meninos da orquestra, nós selecionamos atores da região mesmo, que se prepararam, durante seis meses, fazendo aulas de música. Eles são pessoas fantásticas e nós somos amigos até hoje. Os moradores de lá também foram ótimos e muito carinhosos com a gente, nos deram apoio total - afirma Murilo.
Murilo conta também que fez aulas de música e teve que aprender regência e a tocar flauta, mas deu conta do recado.
- Tem uma cena no filme que eu estou tocando flauta de verdade. É claro a música entra depois, na edição, mas a posição dos dedos foi a mesma - revela o ator.
Murilo relembra que o clima nos bastidores do filme era de muita alegria. Além dos reencontros com Priscila Fantin e com o ator Othon Bastos, com quem Murilo já trabalhou diversas vezes, a convivência com as crianças de Sergipe ajudou no astral das filmagens.
- Tivemos um clima nos bastidores muito bom, principalmente, pela convivência com as crianças. Elas trouxeram muita alegria para as gravações e foram a alma do filme.